Sem muitas palavras, e quanto menos, menos armadilhas teremos. O olhar estica-se até o horizonte. O sol, os raios, a quietude das montanhas e tudo me inspira a sentir o murmúrio das coisas brandas, cujo vento as tornam inspiradoramente suspensas. Um brado, um grito, um espírito, uma pata felina selvagem que rompe a estrada e absolutamente nada me desliga dessa nuvem pulsante de sentimentos e reflexões que sempre vão um pouco mais adiante, um pouco mais em frente e me alcançam com garras, pêlos, desejos e dentes.
Como herança me deixaram veias com larva vulcânica dentro, um coração montanha, sentinela de um bosque perdido que apenas em fúria é ouvido, que faz do estrondo teu grito de existência, teu rugido máximo em busca de oxigênio, mesmo mínimo. Fumaça que alcança o espaço e aí sim, e só assim é visto. Tudo é questão de saberem com que estão lidando e pronto e prantos e pontes e puuulem !
Preservo meus dias não com o que vejo, mas com o que sinto. Eu, escudo de mim mesmo, espada de mim mesmo. Minha maior medalha em campo de batalha é quando entendo que sou fraco o suficiente, que preciso de mais uma lança, de mais um braço, de mais um dedo anelar reluzente.
Sem muitas palavras, as deixo amortecidas, caladas, umedecidas em um canto. Não é preciso muitas delas quando tudo já está soletrado em linha firme, em papel bonito de caligrafia sísmica...abalo garantido em algum ponto deste mar perdido corpo adentro.
Por favor, calem-se! Preservem o silêncio! O único barulho bem-vindo é do peito__sinal de vida ou de mera existência: Preferência à vista!!!