Post 170

Um pouco ao acaso. Que tal? Uma falha breve em toda lógica e nossa bactéria de sonhos improváveis ganha a pele, ganha o peito, ganha o alto. Esqueça daí que tudo foi escrito de um jeito diferente. Dê crédito às mínimas chances e às probabilidades quase extintas. Vá caminhar um pouco, mesmo que me respire pelo caminho, mesmo que me sorva como a um vinho em taça de cristal bem fina. Vá contando um pouco de estrelas ou dando nomes aos desenhos das nuvens. E tudo que eu te peço é o mesmo que me exijo, embora seja, sim, difícil o tal do esquecer enquanto se respira e vive. 

Um pouco de paciência. Qual o mal? Afinal, do morrer ao viver intensamente, tudo tem seu tempo, essência e prejuízo.  O prazo de validade é para sempre__ um sentimento à prova de miras, muros, mares ou meros coadjuvantes, de grife cobiçada intitulada ''Eternamente''. Então sossegue, melhor que conhecer é quando a gente se reconhece: aí  quem tem medo de sentir que saia da frente, saia da frente quem não entende, quem diz que sente, mas não sente. E a gente sabe que vai virando Futuro tudo que for Presente. Hoje é sim Domingo, mas ele é lindo quando me lembro a fundo.

Enquanto isso um indício de Ototemo vai perfumando o Mundo__tudo é possível.